Entrevista do dia: o bronze olímpico Walter Carmona

atualizado em 27.08.10
Walter Carmona disputou três Olimpíadas, a de Moscou em 1980, a de Los Angeles em 1984 e a de Seul em 1988 (quando carregou a bandeira brasileira durante a cerimônia de abertura). Na segunda conquistou a medalha de bronze, não só trazendo um bom resultado para o país quanto quebrando um jejum de doze anos sem medalhas para o esporte.

Ao término de sua carreira de atleta chegou a ser técnico da Seleção Feminina de Judô por um breve período, mas confessa que antes de ter a oportunidade de conhecer melhor as atletas fazia parte do time que não torcia pelas mulheres no esporte: “achava deselegante“. Mas tudo porque as poucas mulheres que tinha visto competir eram européias estranhamnte fortes: “não sei como passavam no dopping, mas aquilo não era normal“.

Hoje ele considera a experiência uma lição de vida e a proximidade com as atletas não só o fez mudar de ideia, como acreditar no futuro do judô feminino nacional. Atualmente se afastou do judô e ocupa seu tempo com negócios de família.

Entrevista do dia: a pioneira Kazue Ueda

Primeira equipe brasileira feminina de judô a participar de um evento internacional, em Montevidéu, no Uruguai, em outubro de 1979: Cristina, Kazue Ueda, Ana Maria e Patrícia

Em 1979 a proibição da prática de artes marciais e lutas por mulheres nopaís restringia a participação das atletas brasileiras em competições oficiais e prejudicava a equipe nacional na contagem geral de pontos nos campeonatos no continente americano. O professor Joaquim Mamede de Carvalho e Silva, que depois se tornaria presidente da Confederação Brasileira de Judô, insistiu para que a instituição iniciasse um trabalho para convencer os órgãos responsáveis a revogar a proibição.

Mesmo antes de obter resultados, Mamede conseguiu levar uma equipe feminina para participar do Campeonato Sul Americano de Judô, realizado em Montevidéu no Uruguai. As quatro atletas inscritas foram as primeiras judocas brasileiras a participar de um evento internacionai. Kazue Ueda, filha do professor
Takeshi Ueda, Ana Maria de Carvalho e Silva, Cristina Maria de Carvalho e Silva, Patrícia Maria de Carvalho e Silva todas filhas do professor Mamede usaram  nomes masculinos para que fosse possível a obtenção de passagens aéreas, hospedagem e alimentação.

A euipe conseguiu o terceiro lugar em três categorias, e obtiveram medalhas que somadas às da equipe masculina levaram o
Brasil a conquistar o título de campeão na contagem geral de pontos. A atitude arriscadapressionou o Conselho Nacional de Desportos a derrubar a deliberação que impedia que as mulheres lutassem em dezembro do mesmo ano.

A entrevistada do dia é a medalhista olímpica Ketleyn Quadros

Eu já havia tido uma breve conversa com a Ketleyn Quadros durante a Copa do Mundo de Judô que aconteceu aqui em São Paulo, mas hoje finalmente poderei conversar com ela com tempo suficiente para saber mais sobre sua trajetória dentro do judô.

Apesar de ser brasiliense, a Ketleyn mora em Belo Horizonte desde 2006, quando recebeu uma proposta do Minas Tênis para treinar lá. Ela entrou não só para a história do judô nacional como para a história do Brasil em 2008 ao se tornar a  primeira atleta a conquistar uma medalha em disputa individual. Ketleyn trouxe de Pequim a medalha de bronze que foi a primeira medalha olímpica do judô feminino no país.

E o TCC volta à vida… Entrevistado de hoje: Aurélio Miguel

O mês de julho não foi nada produtivo para o meu projeto. Além da maioria das pessoas que eu ainda preciso entrevistar estarem sem disponibilidade, confesso que acabei me acomodando um bocado. Mas quando o fim do mês se aproximou bateu aquele desespero “estou atrasada!”. A solução foi tirar férias do estágio para poder me dedicar integralmente à última etapa que preciso cumprir para me formar.

O primeiro passo é terminar as entrevistas que estão pendentes e soltar a criatividade na hora de escrever os capítulos restantes do livro. E o trabalho já começou: hoje vou à Câmara dos Vereadores de São Paulo para entrevistar o ex-atleta e hoje vereador Aurélio Miguel.

Esse é um entrevistado que tenho certeza de que não preciso apresentar, já que ele é bastante conhecido mesmo para quem não convive com o mundo do judô.

Mesmo assim, não custa nada lembrar que ele foi campeão olímpico na categoria meio-pesado em Seul (1988), medalha de bronze olímpica em Atlanta (1996), campeão mundial (1987), medalha de ouro nos Jogos Panamericanos de Indianápolis (1987), campeão panamericano (1982, 1985, 1986, 1988 e 1992), campeão mundial júnior (1983) e campeão mundial universitário (1984).

Soraia André: a “japonegra”

Trabalhando no texto que tenho que entregar para a qualificação do meu TCC, me dei conta de conta de que poucas pessoas conhecem a história da judoca que tive o privilégio de conhecer e entrevistar: Soraia André. Desde o começo de sua carreira no esporte essa japonegra – carinhoso apelido que recebeu de suas colegas de ascendência oriental por incorporar hábitos japoneses quando começou a treinar – precisou lutar para ter seus direitos garantidos.

Quem quiser conhecer um pouco mais da história da atleta que esteve na primeira olimpíada que contou com a participação do judô feminino (Seul, 1988)  enquanto não termino meu projeto, consegui alguns trechos da reportagem “Atleta Espetacular“, feita pelo programa Esporte Espetacular.

Confira os vídeos abaixo:

Brasil conquistou 12 medalhas na Copa do Mundo de Judô 2010

A final do ligeiro feminino foi disputada por Sarah Menezes e Taciana Lima, que já haviam se enfrentado no Mundial Junior de Judô (Paris 2009)

Passei os dias de sábado e domingo no ginásio do clube A Hebraica para acompanhara seleção feminina de judô. Como foi tudo muito corrido, acho que consegui apenas um décimo do que pretendia, mas já está valendo a pena. Sem contar que a entrevista com a Rosicleia Campos, técnica da seleção feminina, foi muito boa.

Foram três dias (sexta estive na abertura do evento e acompanhei a seleção no hotel) muito cansativos, mas foi muito legal ver de perto o clima de uma competição internacional e ouvir tantas línguas em um único lugar. Além disso consegui assistir a todas as lutas das etapas eliminatórias, semifinal e final disputadas por brasileiros. Foram 12 medalhas que colocaram o Brasil em primeiro lugar no quadro geral.

Os medalhistas brasileiros foram:

Sarah Menezes (-48 kg): ouro
Bruno Mendonça (-73 kg): ouro
Leandro Guilheiro (-81kg): ouro
Hugo Pessanha (-90kg): ouro
Luciano Corrêa (-100kg): ouro
Taciana Lima (-48 kg): prata
Mayra Aguiar (-78kg): prata
Rafael Silva (+100kg): prata
Felipe Kitadai (-60 kg): bronze
Felipe Phelim (-60 kg): bronze
Luiz Revite (-66 kg): bronze
Maria Portela (-70 kg): bronze

Confira a final entre Sarah Menezes e Taciana Lima (transmissão Record News):

Matando um, dois, três coelhos com uma cajadada…

Update

O evento de outorga da medalha Campeão Olímpico Aurélio Miguel será transmitido ao vivo pela internet no site Judo ao Vivo. Em breve comentários sobre os destaques.

Na segunda-feira, dia 31 de maio, o vereador e campeão olímpico Aurélio Miguel homenageará, em sessão solene na Câmara Municipal de São Paulo, os campeões paulistas de judô 2009 nas categorias Pré-juvenil, Juvenil, Júnior, Sênior, Máster, Kata e por Faixas nas classes masculina e feminina. Os judocas, assim como seus respectivos técnicos, serão laureados com a medalha Campeão Olímpico Aurélio Miguel.

Essa é a quinta edição do evento e eu já planejava assistir a cerimônia para prestigiar meus colegas do Projeto Budô que estarão entre os homenageados. Depois de falar algumas vezes com o – muito atencioso – assessor de imprensa do Aurélio, Carlos Bortole, para marcarmos uma entrevista, comentei que estarei na Câmara na segunda e ele sugeriu que eu abordasse o vereador durante o evento, assim poderei conhecê-lo e já fazer algumas perguntas a tempo para a entrega do texto de qualificação do meu TCC.

Agora é torcer para que ele tenha um tempinho para falar comigo para tornar essa semana a mais proveitosa de todas! Sexta, sábado e domingo (28, 29 e 30 de maio) estarei acompanhando a seleção feminina de judô durante a  da Copa do Mundo de Judô São Paulo, e terei a chance de falar com as atletas de maior destaque do momento, que estão sendo treinadas pela judoca Rosicleia Campos.

Para quem quiser assistir a Copa do Mundo de Judô São Paulo:

Data: 29 e 30/05/2010
Horário:classificatórias às 10h e finais às 16h
Local:Centro Cívico – Associação Brasileira “A Hebraica”
Endereço:Rua Hungria, 1000 – Jardim Paulistano – São Paulo/SPl

Para quem quiser assistir a entrega da medalha Campeão Olímpico Aurélio Miguel:

Homenageados: Campeões paulistas 2009- Pré-Juvenil, Juvenil, Junior, Sênior, Masters, Kata e por faixas e respectivos técnicos.
Data: 31/05/2010
Horário: 19 horas
Local: Salão Nobre da Câmara Municipal de São Paulo – 8º andar
Endereço:Viaduto Jacareí, 100 – Centro São Paulo/SP
Estacionamento: Entrada pela Rua Santo Antonio – 2º Sub-Solo

Entrevista de hoje: Monica Angelucci

Em algumas horas estarei seguindo para Indaiatuba, cidade próxima a Campinas, para entrevistar mais uma importante atleta da história do judô brasileiro.

Ao lado de Soraia André, Monica Angelucci esteve na primeira olimpíada que contou com a participação do judô feminino. Ela conquistou a quinta colocação em Seul, em 1988, mas o resultado ainda não valeria para a categoria e a participação das mulheres foi considerada uma “demosntração”. O judô feminino só iria se tornar uma modelidade olímpica em Barcelona, em 1992.

Monica começou a aprender o esporte aos 9 anos de idade na Academia Ono Takashi. Com graduação superior em Educação Física, ela deu aulas de judô em mais de 10 escolas e clubes. Esses são alguns de seus títulos*:

Pentacampeã paulista e brasileira

3º lugar panamericano/86 Porto Rico

Campeã panamericano/87 Indianápolis

3º lugar Hispano – americano em Valladovid

5º lugar Olimpíadas de Seul/88

3º lugar Open da Áustria/88

Campeã Copa Kodokan panamericano/89

Campeã Aberto Áustria/90

3º lugar panamericano/91 Cuba

Vice campeã Aberto Suiça/92

Bicampeã sul-americana 93/94

Campeã sul-americana universitária 94

* informações retiradas do site da Federação Paulista de Judô